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O Estuário do Rio Cachoeira é o maior estuário do sul da Bahia e recebe rejeitos de 13 municípios, entre eles: efluentes orgânicos urbanos, de pastagens, do cultivo de cacau e das indústrias alimentícia, têxtil, de eletrodomésticos e entre outras. Tais efluentes são potenciais fontes de materiais orgânicos e de elementos-traço, que podem ser carregados até o estuário e depositados no sedimento. A fim de avaliar a qualidade dos ecossistemas marinhos e costeiros, os estudos baseados em foraminíferos bentônicos tem demonstrados um grande potencial como indicadores ecológicos de tanto interações naturais quanto antropogênicas. O objetivo do presente estudo é fazer a primeira avaliação da distribuição da fração biodisponível de elementos-traço no sedimento de fundo do Estuário do Rio Cachoeira, sua relação com o aporte de matéria orgânica, hidrodinâmica e demais variáveis ambientais e o efeito ecológico sobre a comunidade de foraminíferos. Altas concentrações de elementos-traço biodisponíveis foram encontradas no sedimento, com destaque para o As, Cu, Hg, Ni, Pb e Zn que estavam em concentrações superiores aos limites estabelecidos pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (USEPA). O estuário demonstrou grande variação espacial no que tange ao ambiente sedimentar e forte mistura de águas. Os foraminíferos bentônicos também apresentaram uma distribuição muito heterogênea ao longo do estuário, não sendo possível determinar setores de acordo com o grau da influência marinha. As espécies calcárias Ammonia tepida, Ammonia parkinsoniana e Cribroelphidium excavatum foram …