Política monetária em um contexto de metas de inflação, câmbio flexível e mobilidade de capitais: uma investigação teórica, histórica e empírica

MRR Fonseca - 2018 - lume.ufrgs.br
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A presente tese tenta avaliar a política monetária sob o Regime de Metas de Inflação (RMI),
num contexto de flexibilidade cambial e integração financeira. No campo teórico, este
trabalho avalia no primeiro ensaio, os aspectos teóricos do RMI e também do Novo
Consenso Macroeconômico (NCM), assim como a crítica pós-keynesiana ao NCM. Na
sequência, avalia-se a evolução do debate acerca da política monetária após a Crise
Financeira Internacional, assim como os aspectos teóricos da integração financeira global e …
A presente tese tenta avaliar a política monetária sob o Regime de Metas de Inflação (RMI), num contexto de flexibilidade cambial e integração financeira. No campo teórico, este trabalho avalia no primeiro ensaio, os aspectos teóricos do RMI e também do Novo Consenso Macroeconômico (NCM), assim como a crítica pós-keynesiana ao NCM. Na sequência, avalia-se a evolução do debate acerca da política monetária após a Crise Financeira Internacional, assim como os aspectos teóricos da integração financeira global e dos Ciclos Financeiros Globais, e suas consequências para a condução da política monetária. No aspecto histórico, avalia-se brevemente no segundo ensaio, o comportamento das principais variáveis macroeconômicas concernentes a política monetária, taxa de câmbio e crescimento econômico, assim como, os arranjos institucionais do RMI de cada país, evidenciando suas principais diferenças. O Brasil tem um dos RMI mais rígidos e as maiores taxas de juros entre os países analisados. No âmbito empírico, realizou-se três exercícios econométricos distintos. O primeiro, por meio do modelo VEC, comparam-se a eficiência do RMI brasileiro com outros 12 países selecionados, no que diz respeito ao controle inflacionário, ao repasse cambial e do crescimento econômico. O Brasil, assim como outros países em desenvolvimento, tem um dos RMI mais ineficientes, com evidencias da presença de price-puzzle, além de apresentar um elevado repasse cambial para o nível de preços e ter impactos no crescimento econômico. O segundo exercício econométrico buscou-se analisar a não-linearidade da política monetária brasileira com relação ao repasse cambial para o nível de preços, utilizando o modelo MS-VAR. O modelo mostrou fortes evidências empíricas de que há repasse cambial tanto em momentos de apreciação, quanto de depreciação cambial, configurando assim, uma política monetária com dois regimes cambiais. O terceiro exercício busca evidenciar, por meio do modelo VEC, os impactos que a integração financeira global, tem na condução da política monetária brasileira. Encontrou-se indícios de que a taxa de câmbio opera entre os ciclos financeiros globais e o nível de preços da economia brasileira, mostrando, assim, que a política monetária sob o RMI, tendo como base altas taxas de juros, é ineficiente. Tais fatos sugerem que a taxa de câmbio tem um papel fundamental no controle da inflação e no desempenho do próprio RMI; todavia, há a necessidade de uma reavaliação da política cambial que vêm sendo adotada no Brasil para além do papel de mecanismo de controle de preços.
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