Tópicos em composição: estrutura, formação e acento
VA Nobrega - 2014 - teses.usp.br
2014•teses.usp.br
O objetivo geral desta dissertação é fornecer um quadro amplo da formação dos compostos
nas línguas naturais, deflagrando o que deve ser visto como universal em sua formação e o
que deve ser visto como particular às línguas. Partindo de uma língua específica, o
português brasileiro, demonstramos como a composição se estabelece em um sistema
particular, e, no contraste entre as propriedades de seus dados e as propriedades
atestadas nesse processo em trabalhos taxonômicos e tipológicos, delineamos as fronteiras …
nas línguas naturais, deflagrando o que deve ser visto como universal em sua formação e o
que deve ser visto como particular às línguas. Partindo de uma língua específica, o
português brasileiro, demonstramos como a composição se estabelece em um sistema
particular, e, no contraste entre as propriedades de seus dados e as propriedades
atestadas nesse processo em trabalhos taxonômicos e tipológicos, delineamos as fronteiras …
O objetivo geral desta dissertação é fornecer um quadro amplo da formação dos compostos nas línguas naturais, deflagrando o que deve ser visto como universal em sua formação e o que deve ser visto como particular às línguas. Partindo de uma língua específica, o português brasileiro, demonstramos como a composição se estabelece em um sistema particular, e, no contraste entre as propriedades de seus dados e as propriedades atestadas nesse processo em trabalhos taxonômicos e tipológicos, delineamos as fronteiras entre o geral e o específico. Admitimos que sejam duas as propriedades universais da composição que devem ser abarcadas em um sistema gerativo: (i) o estabelecimento de uma relação gramatical entre os membros de um composto, a saber, uma relação de subordinação, atribuição ou coordenação fato bem comprovado translinguisticamente nos trabalhos de Bisetto e Scalise (2005), Guevara e Scalise (2009), e Scalise e Bisetto (2009) , e (ii) a criação de um domínio categorial acima de dois núcleos complexos conectados em determinada relação gramatical, o qual garante que uma estrutura complexa quase-sentencial seja interpretada como uma única unidade sintática. O particular nesse processo de formação de palavras reside no modo como as línguas naturais emolduram morfologicamente seus compostos, ou se a partir de uma combinação entre radicais, ou se a partir de uma combinação entre palavras, bem como os processos fonológicos que determinam a composição em um sistema linguístico específico. Essa assunção é evidenciada pela variedade de estruturas morfológicas encontrada nos compostos translinguisticamente, e pela assistematicidade de processos fonológicos que se aplicam nos compostos a fim de demarcá-los em uma língua. Para explicar esses fatos, assumimos um modelo não-lexicalista de gramática, a Morfologia Distribuída (cf. HALLE; MARANTZ, 1993; EMBICK; NOYER, 2007), e, com base nesse aparato teórico, demonstramos que as propriedades universais da composição são diretamente abarcadas no componente sintático. As relações gramaticais, primeiramente, são formalizadas através dos tipos de aplicação da operação Merge, tal como definidos em Chomsky (2000, 2004), nomeadamente, set-Merge e pair-Merge, enquanto que o domínio categorial é formado a partir da concatenação de um núcleo definidor de categoria acima de duas ou mais raízes categorizadas. As estruturas morfológicas, por sua vez, serão emolduradas pós-sintaticamente, nos componentes morfológico e fonológico da gramática, onde a variação translinguística se processa. Para tanto, argumentamos que a informação de classe carrega um papel importante na variação estrutural dos compostos translinguisticamente, pois será a presença ou ausência dessa informação que determinará quando uma raiz sintática será um radical ou uma palavra, distribuindo, desse modo, as estruturas sintáticas dos compostos em combinações morfológicas variadas
teses.usp.br
以上显示的是最相近的搜索结果。 查看全部搜索结果