Objetivos: Avaliar a presença de risco para o desenvolvimento de diabetes mellitus tipo 2 em bancários da cidade de Tubarão, estado de Santa Catarina.

Métodos: Através de um estudo transversal, foram considerados elegíveis para o estudo todos os bancários que trabalhavam nas agências de Tubarão. Foi aplicado o questionário Diabetes Risk Score para determinação do risco de desenvolver diabetes mellitus tipo 2 em 10 anos e o risco foi classificado em baixo, pouco elevado, moderado, alto e muito alto. Os testes estatísticos utilizados foram qui-quadrado e ANOVA com nível de significância de 5%. Resultados: Foram avaliados 263 bancários, representando uma taxa de resposta de 96, 3%. O risco de desenvolver diabetes mellitus tipo 2 foi baixo em 128 (48, 7%) bancários, pouco elevado em 101 (38, 4%), moderado em 24 (9, 1%) e alto em 10 (3, 8%). Os trabalhadores com companheiro apresentaram maiores prevalências de risco pouco elevado (45, 3%), moderado (10, 1%) e alto (4, 5%); os homens tiveram maior prevalência de risco moderado (11%) e alto (6, 6%); quanto maior o tempo exercido na profissão e na atual função, maior foi o risco de diabetes. Nos bancários com alto risco, a média de tempo de trabalho como bancário foi de 18, 59±11, 48 anos e na atual função, 9, 42±9, 09 anos (p menor do que 0, 05). Relacionando etnia, escolaridade e função exercida com o risco de diabetes, não foram encontrados resultados significativos.

Conclusões: Os bancários da cidade de Tubarão apresentam risco de desenvolver diabetes mellitus tipo 2 em 10 anos e esse risco tende a aumentar quanto maior o tempo nesta profissão. Medidas preventivas são necessárias para melhora da qualidade de vida desses funcionários, bem como redução do risco de desenvolvimento de diabetes mellitus tipo 2.