[PDF][PDF] Interações planta-polinizador em vegetação de altitude na Mata Atlântica

M Wolowski, CEP Nunes, FW Amorim… - Oecologia …, 2016 - researchgate.net
M Wolowski, CEP Nunes, FW Amorim, J Vizentin-Bugoni, I Aximoff, PK Maruyama
Oecologia Australis, 2016researchgate.net
RESUMO A vegetação de altitude em regiões tropicais é singular pela susceptibilidade a
condições climáticas mais severas em relação às formações de áreas mais baixas, e pela
peculiaridade de sua flora com muitos componentes relictuais. Estudos sobre interações
planta-polinizador nos campos e florestas de altitude da Mata Atlântica são escassos, mas a
compilação das informações permite identificar alguns padrões: baixa frequência de visitas,
alta longevidade floral e generalização do sistema de polinização. Em ecossistemas de …
Resumo
A vegetação de altitude em regiões tropicais é singular pela susceptibilidade a condições climáticas mais severas em relação às formações de áreas mais baixas, e pela peculiaridade de sua flora com muitos componentes relictuais. Estudos sobre interações planta-polinizador nos campos e florestas de altitude da Mata Atlântica são escassos, mas a compilação das informações permite identificar alguns padrões: baixa frequência de visitas, alta longevidade floral e generalização do sistema de polinização. Em ecossistemas de montanha, o grau de generalização dos sistemas de polinização em termos funcionais (grupos de polinizadores) e ecológicos (número de espécies) tende a ser alto pela representatividade de certas famílias (eg., Asteraceae nos campos de altitude e Fabaceae, Myrtaceae, Rubiaceae e Sapindaceae nas florestas montanas). Sistemas de polinização generalistas e autogamia podem ser vantajosos para plantas de altitude devido às condições climáticas mais severas (eg., temperaturas baixas) que afetam a abundância e limitam a atividade de polinizadores, ocasionando menor frequência de visitação. Todavia, alguns grupos bem representados em florestas montanas, como orquídeas e plantas polinizadas por beija-flores e morcegos, exemplificam casos de maior especialização funcional, bem como as plantas com anteras poricidas polinizadas por abelhas nos campos de altitude. Contudo, nos campos de altitude, para alguns grupos funcionais de polinizadores (eg., beija-flores, morcegos, esfingídeos e besouros), a disponibilidade de recursos não garante a manutenção de todas as espécies durante o ano todo, favorecendo prováveis deslocamentos locais ou migrações altitudinais. Assim, campos e florestas de altitude constituem uma unidade do ponto de vista de manutenção da comunidade de polinizadores. De fato, campos e florestas de altitude compartilham uma história evolutiva na escala regional, pois passaram por eventos semelhantes de expansão e retração em resposta às mudanças climáticas no Quaternário. Isto poderia explicar a complementariedade entre os dois tipos de vegetação no uso de recursos florais pelos polinizadores. Apesar das associações identificadas aqui, a ecologia e evolução das interações planta-polinizador em vegetação de altitude da Mata Atlântica permanece pouco compreendida, tornando premente o desenvolvimento de um programa de pesquisa integrado, bem como projetos em temas relacionados às mudanças climáticas e conservação biológica.
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